quinta-feira, junho 29, 2006

O Inverno Chegou com Tudo:

Fonte: ondasdosul.com.br
Pier de Tramandai, 4º feira

Quem já esteve lá quando a espuma das ondas alcançam a base da plataforma, sabe que o bicho ta pegando.
A previsão para o final de semana é ótima, a corrente que esta arrastando tudo de sul deve diminuir bastante ou se inverter até sexta, as ondas iram baixar um pouco mas não muito (Fonte FNMCO).
Estamos entrando nos 3 meses de inverno, que para nós gaúchos é quando entram as maiores ondulações trazidas pelas frentes frias que vem do sul. As adversidades para surfar no inverno nestes mares são grandes, desde o vento que racha o rosto as redes soltas no mar. Tudo é gelado, o mar é gelado, a areia é gelada, a prancha é gelada, o ar é gelado, o long é gelado, o sol é gelado, a água é ... aiaiai a água está é muito, mas muito gelada.
Vamos aguardar este primeiro final de semana de inverno, que promete muito surf e muitos caldos.
Boa ondas a todos, e não congelem.

sábado, junho 24, 2006

O que esta faltando?

Andy Irons, Comemorando...

O que esta faltando? É realmente o que anda faltando é Brasileiro nestas fotos do pódio no WCT.

Onde estão eles?
Cadê o nosso surf profissional?
Como pode o melhor brasileiro no WCT estar na 26 posição do ranking, praticamente perdendo a vaga no WCT para o próximo ano?
Temos umas das maiores faixas de litoral do mundo, onde existem ondas o ano todo, onde milhares de pessoas surfam todos os dias. Como pode não haver 1, to falando apenas 1 cara para entrar nestas fotos?
Que falta incentivo isto falta, mas não serve de desculpa. Será que não sabemos surfar em ondas grandes, em ondas perfeitas?
Ficamos presos as merrecas, as ondas pequenas, pelo menos o que vejo quando eu entro no mar nas praias de Imbé e Tramandai (onde surfo com freqüência), isto é verdade. Quando o mar esta baixinho de meio metro a 1 metrinho, aparece caras com pranchas de baixo do braço de todo o lado, entram no água gritando, falando alto, com uma total falta de respeito. Mas quando o mar cresce um pouco parece que some todo mundo, vejo apenas uma meia dúzia de surfistas de verdade encarando as ondas. Será que esta atitude covarde da grande maioria de nossos ''surfistas'' esta se refletindo lá na frente no WCT?

terça-feira, junho 20, 2006

WCT; México


Vai começar no México a quinta etapa do WCT, o Rip Curl Pro. O evento vai distribuir US$ 280 mil em prêmios.
O evento, o único do circuito mundial com a licença especial que permite sua realização em locais diferentes a cada ano, seleciona os melhores points de surf do mundo para disputas eletrizantes entre os Tops 45 do circuito profissional da ASP.
Após as perfeitas ondas da Ilha Reunião em 2005, o Rip Curl Pro Search chega às perfeitas ondas do México. E a previsão na internet aponta a chegada de uma grande ondulação para a semana que vem.
O Rip Curl Pro Search 2006 terá duas bases fixas para realização do evento. A principal será em um secret spot com ondas de altíssima qualidade mais ao Sul da costa mexicana. A segunda base será instalada em Puerto Escondido.
Este Secret Spot, não foi divulgada a sua localização para evitar que a Praia seja invadida, isto é um novo conceito que na minha opnião a ASP acertou em cheio, em tentar preservar o lugar.
O evento também marcará a primeira participação da história de um atleta mexicano em etapas do WCT. Um total de 16 atletas locais disputaram uma vaga para enfrentar os melhores do mundo no The Squalo Mexican Trials.
O Rip Curl Pro Search México será transmitido ao vivo pelo novo canal de esportes de ação do Brasil, o Woohoo Channel. Devido a diferença de duas horas em relação ao fuso horário com o Brasil, a competição será transmitida das 10 às 16 horas no horário de Brasília.
A prova também pode ser acompanhada pela internet no endereço http://www.ripcurl.com/searchwct/, com notas ao vivo, resultados, entrevistas, fotos e vídeos disponíveis no website ofical, que conta com versão em português exclusiva para o público brasileiro.


quinta-feira, junho 15, 2006

Medo, Pavor, Apreensão...Surf


Petroleiro; em algum lugar do oceano

Quem já esteve no mar em alguma ocasião, e se deparou com ondas de um certo porte, sem dúvida sentiu algo um pouco assustador.
No meu caso surfista, me lembro bem das primeiras vezes que enfrentei ondas com mais de 2 metros, para quem não conhece deve pensar; 2 metros coisa pequena, é coisa pequena quando se esta lá na areia tomando um chimarrão, vai lá dentro pra ti ver. Aquela sensação que ultrapassa o medo, que chega ao pavor. Quando você pensa '' o que que eu estou fazendo aqui'', aquele medo de dropar a onda e saber que você vai ter que encarar uma para poder sair do mar.
Devia ter uns 15 anos a primeira vez que entrei em uma mar de uns 2 metros, e mesmo hoje mais de 9 anos depois ainda sinto aquela ponta de medo ao encarar um mar desses. Mesmo com muito mais experiência e força física, nunca é fácil , principalmente para quem surfa no Rio Grande do Sul e ainda mais no inverno. Este nosso mar mexido com corrente, que faz com que você entre no mar em uma praia e saia em outra, se não pegar uma rede no meio do caminho, um vento que corta o rosto, uma água que dói de tão gelada. Realmente não é fácil, porque não fico em casa olhando tv, por quê?
Os maiores mares que já peguei, um em 2004 atrás do T da plataforma de Tramandai, no inverno entrei solíto e lá dentro encontrei 2 caras que conseguiram varar o outside, logo que cheguei os dois me olharam e percebi uma certa apreensão no ar, veio uma direita dropei e sai fora da onda por cima do lip antes dela fechar, remei rápido de volta pro pico, nisto entrou uma série mais para a minha esquerda onde os dois estavam posicionados, passei por cima da série e quando sentei na prancha percebi que os dois haviam surfado aquela série e que não retornaram para o outside, fiquei lá sozinho, sentado pensando o porque eu fui me enfia ali, porque não fiquei ali nos cocos, devem ter se passados uns 20 minutos e varias séries de muito apreensão, estava totalmente ligado percebia cada movimento da água naquele mar mexido, nada passava despercebido a concentração gerada pelo medo era absurda, sentia uma insegurança que nunca havia sentido, estava literalmente só no meio do mar com uns 3 metros de ondas entre eu e a praia. Pensei em esperar passar uma série e sair remando, mas seria muito perigoso se entrasse uma série me pagaria em cheio. Então entrou uma onda certinha em mim, era muito grande como todos as outras que passavam por mim, mesmo com todo o medo tive que encarar pois sabia que deveria sair logo dali se o mar subisse mais ainda ou alguma coisa acontecesse não haveria ninguém para dar uma mão, me joguei, a onda era imensa, já dropei inclinado para a direita, desci até a base e acelerei ao máximo, enquanto aquele turbilhão vinha quebrando atrás de mim, corri toda a longa parede, e quando sai da onda já estava próximo uns 15 metros da próxima rebentação onde uns 4 caras me olhavam, que alívio.
Outra vez que encarei um mar grande como este foi neste carnaval, em Imbé, segunda feira de manha, havia trabalhado sábado e domingo em Novo Hamburgo, cidade onde moro atualmente, acordei na segunda de carnaval, cedinho as 7:30 já estava na beira da praia, numa pilha imensa, tirei a prancha da capa e me toquei, olhei em volta e não tinha ninguém no mar aquelas horas (também segunda de carnaval), remei forte e passei pela primeira rebentação voando e logo estava no outside, veio uma esquerda dropei fiz a conexão na próxima rebentação e saí quase na beira da praia, resolvi sair do mar e ligar pro Rodrigo (Babu), 8 horas em ponto, acordei o cara, a conversa foi curta. Logo ele e o Maninho chegavam, caminhamos até a Barrinha e entramos o rio estava botando pra ''dentro'' o que facilitava o caminho até o outside, embora te deixasse um pouco desorientado sobre onde estava em relação ao mar, Passamos a primeira rebentação e passei voando pelo Maninho ao pegar uma corrente mais forte o Rodrigo ficará um pouco mais atrás. A corrente do rio havia sumido naquela altura e a remada era cuidadosa, quando o mar deu uma alisada aproveitei e forcei a remada para tentar entrar liso no outside, é não deu. Bem quando estava numa zona meio perigosa começou a levantar uma onda imensa, remei forte ao máximo, e quando percebi que não ia dar para passar, me sentei na prancha, dei uma breve olhada para trás e vi o Maninho parado deitado sobre a prancha uns 10 metros atrás de mim, não vi o Rodrigo. Analisei a situação e vi que não era nada boa para nós, nem tentei dar o joelinho, quando a espuma chegou perto de mim, apenas abandonei a prancha na superfície e mergulhei o mais fundo que consegui. Quando voltei a tona era tudo espuma em minha volta, subi na prancha e vi que não vinha outra onda, com a segurança que os amigos te passam quando estão por perto nem pensei duas vezes remei pro outside, me sentei um pouco cansado e logo o Rodrigo apareceu falando;
- O que era aquilo!!! ( se referindo a onda)
Perguntei pelo Maninho, ele disse que não tinha visto ele, demos uma boa olhada em busca dele e não vimos nada, nem a prancha para nosso alívio, aquela onda deveria ter arrastado ele e não conseguiu passar a rebentação antes da próxima série e deveria ter recuado uma rebentação. Ficamos ali eu e o Rodrigo, eu com uma 6’0, era a única que tinha a disposição naquela manhã, e que simplesmente tornava o surfe impraticável em ondas daquela altura, com tranqüilidade elas chagavam aos três metros e gordas, ficamos uma meia hora sem conseguir pegar nada, pois a prancha do Rodrigo era uma 6’2 e simplesmente não conseguíamos entrar nas ondas, então nos posicionamos praticamente na zona de impacto, para não ter como as pranchas não entrarem nas ondas, cada um pegou um e saiamos a procura do Maninho que nos espera nos cocos são e salvo.
Mas o que isto tudo tem haver com esta foto ai em cima: Apenas quis relatar algum momento que passei de apreensão dentro do mar. Mas quando vi esta foto pela primeira vez a um ano atrás, não pude deixar de imaginar a aflição dos marinheiros abordo daquele petroleiro, aquele barco na foto é um petroleiro de 212 metros de comprimento, que enfrentou durante horas ondas de 30 metros, ele acabou afundando. Realmente quando nos lançamos ao mar estamos largando nossas vidas nas mãos de Deus.



Visão da cabine de comando antes de uma onda acertar o barco

sexta-feira, junho 02, 2006

Fiji ; Rolou

Damien Hobgood, campeão nas Ilhas Fiji

TAVARUA, ILHAS FIJI - O americano Damien Hobgood vence com tranqüilidade a final do WCT nas Ilhas Fiji, quarta etapa da divisão de elite do Circuito Mundial. Na final, ele derrotou o australiano Shaun Cansdell.


Shaun Cansdell, estreante no WCT, fica em segundo




Tricampeão mundial, Andy Irons pára nas semifinais




Tom Whitaker perde para o campeão nas quartas




Taj Burrow fica em quinto



RANKING WCT 2006 - 4 etapas:

01: Kelly Slater (EUA) – 3.501 pontos
02: Bobby Martinez (EUA) – 3.408
03: Damien Hobgood (EUA) – 2.942
04: Andy Irons (HAV) – 2.940
05: Taj Burrow (AUS) – 2.774
06: Taylor Knox (EUA) – 2.618
07: Joel Parkinson (AUS) – 2.452
08: Shaun Cansdell (AUS) – 2.399
09: C. J. Hobgood (EUA) – 2.296
10: Bruce Irons (HAV) – 2.152
11: Luke Stedman (AUS) – 2.111
12: Fredrick Patacchia (HAV) – 2.077
13: Darren O´Rafferty (AUS) – 2.025
14: Daniel Wills (AUS) – 2.020
14: Greg Emslie (AFR) – 2.020
16: Mick Fanning (AUS) – 1.967
16: Tom Whitaker (AUS) – 1.967
16: Tim Reyes (EUA) – 1.967
21: Paulo Moura (PE) – 1.830
28: Adriano de Souza (SP) – 1.551
29: Marcelo Nunes (RN) – 1.460
32: Victor Ribas (RJ) – 1.455
37: Raoni Monteiro (RJ) – 1.407
39: Peterson Rosa (PR) – 1.085
39: Pedro Henrique (RJ) – 1.085
39: Yuri Sodré (RJ) – 1.085
47: Jihad Kohdr (PR) - 225


O time Brazuca ta malzito, somente o Paulo Moura não cairia fora do WCT neste momento. Mas com certeza o pessoal vai reagir.

quinta-feira, junho 01, 2006

Fiji ; Difícil de Rolar

Fiji, Tavarua
Que vista hein, Tio!


As oitavas-de-final da 4ª etapa do WCT de surf foi adiada pelo quinto dia consecutivo nas Ilhas Fiji. Só é necessário mais um dia de boas ondas para finalizar a prova que pode colocar Bobby Martinez na liderança do ranking mundial.

O prazo do Globe WCT Fiji vai até 2 de junho e a previsão é de que novas ondulações atinjam as ilhas de Tavarua e Namotu nos próximos dias. O Brasil despediu-se da competição na última quarta-feira, 24, com o pernambucano Paulo Moura e os cariocas Victor Ribas e Pedro Henrique perdendo na 3ª fase e terminando empatados em 17º lugar.






Fiji, Tavarua
Olha a Cor e a Transparência da Água